sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

A Cabana


A Cabana
(de William P. Young )

Esse livro é uma ficção que conta a história de uma família, ou, mais especificamente, um pai de família, acometida pela tragédia de perder a filha mais nova.
A história gira em torno de Mackenzie Allen Philip que, durante um acampamento de férias com seus três filhos mais novos, perde a caçula de forma brutal.
A menina de uns 6 anos apenas é raptada e cruelmente assassinada. Seu corpo não foi encontrado, entretanto, vestígios de sua morte foram encontrados em uma cabana abandonada. A tal cabana do título.
Mackenzie, Mack, passa a viver repleto de sentimentos de culpa, angustia e uma profunda depressão, que ele denomina de "A Grande Tristeza". Apesar de amar profundamente seus outros filhos e sua esposa, Mack não consegue se libertar da revolta pela perda da filhinha.
Nesse contexto, 4 anos após a morte da menina, Mack recebe um bilhete de Deus - isso mesmo, de Deus - marcando um encontro na cabana.
Desconfiado, acreditando ser uma brincadeira de mal gosto ou mesmo uma armadilha do assassino, Mack resolve, mesmo que relutante ir até a cabana. Lá ele tem uma verdadeira revelação, ao se deparar com a personificação da Santíssima Trindade.
O livro levanta questões comuns a todos nós:
Quantas vezes nos deparamos com situações que nos trazem revolta? Quantas vezes questionamos nossa fé?
Políticos que se aproveitam de seus cargos, enquanto deveriam zelar pela "coisa pública"; assassinos - psicopatas - que matam inocentes crianças; professores, treinadores, pastores, padres e outros que abusam sexualmente daqueles que confiam em suas posições de autoridade; pais ou mães que ao contrário de fornecerem exemplos de amor, surram, humilham e menosprezam seus filhos; acidentes bizarros ou catastrofes naturais onde muitos morrem sem motivo aparente.
Todas essas coisas nos fazem questionar onde está Deus? Por que Ele não faz nada a respeito?Enfim, o livro trata exatamente disso.
Não contarei mais para não estragar o clima daqueles que ainda não leram.

É um livro que vale a pena ler. Ele segue a mesma linha do "Conversas com Deus", sendo porém menos profundo, entretanto é uma leitura fluida, agradável e interessante.
O livro fala de amor incondicional, de relacionamentos e da reforma íntima que todos devemos fazer para nos libertar da ilusória posição de controle e dominação. A história é deliciosa, original, simples e cheia de ternura.

Para aqueles que estão precisando de algum alento espiritual, o livro será bem vindo.
Para aqueles que nunca tiveram oportunidade de ler algum romance espírita, seja pelo preconceito ou por desconhecimento, esse livro pode ser um bom começo.
E, para aqueles que - como eu - gostam de teologia, filosofia e de literatura espírita (tanto romances quanto técnicos), o livro pode trazer alguns momentos de reflexão e de diversão.
Admito que para os acostumados com a literatura espírita, o livro não traz nada de novo ou extraordinário.
Assim mesmo eu indico!

3 comentários:

  1. Querida Tathy, pois é...
    Todas as pessoas que eu conheci , gostaram do livro. Eu fui até agora, pelo menos entre as conhecidas que o leram, a única que não gostou!
    Achei-o extremamente "viajado" e , sinceramente, pouco ou nada me acrescentou. Para quem aprecia o gênero ( eu me incluo!) dá para encontrar outros mais bem escritos !
    Linda e doce Tathy, será que excide nos meus comentários? Não fique brava; ás vezes sou assim: intrometida, porém sincera! Bj doce para vc( já fui salgada demasi por hoje!)

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  2. Minha linda amiga, muito me emocionaram suas palavras ternas, calorosas e repletas de carinho...
    Fiquei verdadeiramente tocada e agradecida pelo maravilhoso presente que o mundo virtual( mas, muito real!) me deu: a sua amizade!
    Obrigada, amiga-irmã, "das profundezas do mar sem fim". Sempre.
    Nereida

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