quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Les Choix de la vie - As escolhas da vida

Choix de la vie, grafite sobre papel
Tathy Zimmermann, 2006

Esse desenho, ao contrário dos anteriores, não foi inspirado em nenhuma música. Foi retirado de um papo muito tenso durante uma noite muito longa.

Mon cri muet et mon silence

Esse desenho eu fiz no final de 2006. Seguindo as inspirações musicais, esse foi inspirado na canção "Ma question" de Françoise Hardy.
Mon cri muet et mon silence, nanquim sobre papel
Tathy Zimmermann, 2006
Je ne sais pas qui tu peux être, Je ne sais pas qui tu espères
Je cherche toujours à te connaître ... Et ton silence trouble mon silence
Je ne sais pas d'où vient le mensonge ... Est-ce de ta voix qui se tait
Les mondes où malgré moi je plonge, Sont comme un tunnel qui m'effraie
De ta distance à la mienne, On se perd bien trop souvent
Et chercher à te comprendre, c'est courir après le vent
Je ne sais pas pourquoi je reste, dans une mer où je me noie
Je ne sais pas pourquoi je reste, dans un air qui m'étouffera
Tu es le sang de ma blessure
Tu es le feu de ma brûlure
Tu es ma question sans réponse
Mon cri muet et mon silence...
(Françoise Hardy)
Eu não sei o que você pode ser, Eu não sei o que você espera
Procuro sempre te conhecer ... E seu silêncio perturba meu silêncio
Eu não sei da onde vem a mentira ... É de tua voz que se cala
Os mundos onde, contudo eu mergulho, São como um túnel que me assusta
De sua distância em relação à mim, Se perde sempre
E procurar te entender, é como correr depois do vento
Eu não sei por que eu fico, em um mar onde eu me afogo
Eu não sei por que eu fico em um ar que me sufoca
Você é o sangue da minha ferida
Você é o fogo da minha queimadura
Você é minha pergunta sem resposta
Meu grito mudo e meu silêncio...

Mutter - Mãe

Mutter, grafite sobre papel
Tathy Zimmermann, 2006

Esse desenho eu fiz em 2006. Me inspirei no vídeo Mutter do Rammstein.


Die Tränen greiser Kinderscharich
ziehe sie auf ein weisses Haar, werf in die Luft die nasse Kette
und wünsch mir, dass ich eine Mutter hätte , Keine Sonne die mir scheint
keine Brust hat Milch geweint , in meiner Kehle steckt ein Schlauch
Habe keinen Nabel auf dem Bauch
Mutter
Ich durfte keine Nippel lecken
und keine Falte zum Verstecken, niemand gab mir einen Namen
gezeugt in Hast und ohne Samen
Der Mutter die mich nie geboren
habe ich heute Nacht geschworen, ich werd ihr eine Krankheit schenken
und sie danach im Fluss versenken
Mutter
In ihren Lungen wohnt ein Aal
auf meiner Stirn ein Muttermal
entferne es mit Messers Kuss , auch wenn ich daran sterben muss
Mutter
In ihren Lungen wohnt ein Aal
auf meiner Stirn ein Muttermal
entferne es mit Messers Kuss , auch wenn ich verbluten muss
Mutter, oh gib mir Kraft

As lágrimas de uma multidão de crianças envelhecidas
Eu lhes jogo cabelos brancos,
Atiro no ar a correndo única
E eu queria que eu tivesse uma mãe. O Sol não brilha para mim
Nenhum seio me deu leite, Há um tubo na minha garganta
Não tenho cordão umbilical na minha barriga
Mãe
Não me permitiram lamber nenhum mamilo
E nenhum lugar para me esconder , Ninguém me deu um nome
Concebido com ódio e sem sêmem
A mãe que nunca me fez nascer
Eu jurei esta noite , Vou presentea-la com uma doença
E depois vou afogá-la em um rio
Mãe
Nos pulmões dela mora uma enguia
Na minha testa uma marca de nascença
Removê-la com o beijo de uma faca
Mesmo que eu tenha que morrer , Mesmo que eu tenha que sangrar até a morte
Mãe

Nos pulmões dela mora uma enguia
Na minha testa uma marca de nascença
Remove-la com o beijo de uma faca
Mesmo que eu tenha que morrer, Mesmo que eu tenha que sangrar até a morte
Mãe, Dê-me forças

Llego con tres heridas

Llego con tres heridas, grafite sangria sobre papel. Tathy Zimmermann, 2006


Esse desenho eu fiz em 2006, depois de muito tempo sem desenhar ou esculpir. Apesar de não ter ficado muito bom, decidi dar uma chance a ele. Me inspirei nas minhas emoções ao ouvir a música de mesmo nome, de Joan Baez.



"Llego con tres heridas:

la del amor, la de la muerte, la de la vida.
Con tres heridas viene:

la de la vida, la del amor, la de la muerte.
Con tres heridas yo:

la de la vida, la de la muerte, la del amor."


(Miguel Hernández - música de Joan Baez)


quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Felicidade Realista

A princípio bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.
Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis.

Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas.
E quanto ao amor?
Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo.
Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar a luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito. É o que dá ver tanta televisão.
Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista.Ter um parceiro constante pode ou não, ser sinônimo de felicidade.
Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum.
Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.
Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade.
Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar.
É importante pensar-se ao extremo, buscar lá d entro o que nos mobiliza, instiga e conduz, mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio.
Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se.
Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz.
Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade.
Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade.
(Mario Quintana)

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Viver

Quem nunca quis morrer
Não sabe o que é viver
Não sabe que viver é abrir uma janela
E pássaros ... pássaros sairão por ela
E hipocampos fosforescentes
Medusas translúcidas
Radiadas
Estrelas-do-mar...
Ah,Viver é sair de repente
Do fundo do mar
E voar...
e voar...
cada vez para mais alto
Como depois de se morrer!

(Mário Quintana)

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Fim de semana no Sitio

Crec..crec...crec... O delicioso barulhinho das achas de lenha crepitando dentro do fogão.

Lá fora, passarinhos cantam e as galinhas alardeiam um ovo recém posto.

O ar, tão puro que inebria e a vegetação de um verde matizado em mil tons diferentes...

E, o melhor... a companhia de pessoas amigas, generosas e muito hospitaleiras.

Faltam-me palavras para definir a extrema alegria que preencheu meu coração nesse lindo fim de semana no sitio.


Posso apenas agradecer, com os olhos já cheios de lágrimas de saudade, todo o carinho da Dona Rene, da Rosangela e do seu marido, do Mateus, da Tainara e de todas as pessoas que conheci lá em São João do Triunfo.

Queridíssimos amigos, Rose e Marcos, obrigada por nos levarem para esse lugar de sonho!

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

"Ninguém é igual a ninguém.
Todo ser humano é um estranho ímpar."
Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Plus fort que moi (Mais forte que eu)

Os territórios proibidos,
salpicados de neves eternas...
Falta um dia ter-se perdido
para saber e poder dizer
que o inferno está demasiado perto do céu.

E falta ter descido
dos cumes aos abismos e
das altitudes à embriaguez
das profundezas

Eu conheço minhas forças
Eu conheço meus medos
Querer ver tudo e viver
É mais forte que eu.
Amar, isso que me mata.
É mais forte que eu.
Esta sombra que me segue,
é mais forte que eu.
O amor que você me dá
é mais forte que eu

Os grandes espaços infinitos,
as evidências essenciais,
Falta um dia ter-se rendido
para saber o que conduz
aos paraísos artificiais
e de lá ter retornado.
Dos desertos às cidades,
da solidão ao prazer,
de ser vários.

Eu conheço minhas forças
Eu conheço meus medos
Querer ver tudo e viver
É mais forte que eu
Amar, isso que me mata.
É mais forte que eu.
Esta sombra que me segue,
é mais forte que eu.
O amor que você me dá
é mais forte que eu

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Plus fort que moi

Les territoires interdits
parsemés de neiges éternelles
Il faut s'y être un jour perdu
pour savoir et pouvoir dire
Que l'enfer est trop près du ciel

Il faut y être descendu
et des abîmes aux cimes
des altitudes à l'ivresse
des profondeurs
Je connais mes forces
Je connais mes peurs

Vouloir tout voir et vivre
C'est plus fort que moi
Aimer ce qui me tue
C'est plus fort que moi
Cette ombre qui me suit
C'est plus fort que moi
L'amour que tu me donnes
C'est plus fort que moi

Les grands espaces infinis
Les évidences essentielles
Il faut s'y être un jour rendu
Pour savoir ce que nous laissent
Les paradis artificiels
Il faut en être revenu
Et des déserts aux villes
Des solitudes au plaisir
D'être plusieurs
Je connais mes forces
Je connais mes peurs

Vouloir tout voir et vivre
C'est plus fort que moi
Aimer ce qui me tue
C'est plus fort que moi
Cette ombre qui me suit
C'est plus fort que moi
L'amour que tu me donnes
C'est plus fort que moi

(Garou)